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Polícia prende quadrilha e recupera mais de 39 toneladas de arroz em Cruz Alta

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Polícia Civil (Divulgação)

Uma operação policial desarticulou uma quadrilha, prendeu nove pessoas e recuperou mais de 39 toneladas de arroz em Cruz Alta nesta terça-feira. As investigações apontam que o grupo atuava há mais de cinco anos em toda a região sul no desvio de cargas de grãos. 

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De acordo com a Polícia Civil, a operação começou no último domingo, com o monitoramento dos investigados durante a preparação do caminhão que seria usado no desvio de uma carga de arroz. Já na segunda-feira, o caminhão foi monitorado durante o trajeto até Pelotas, onde foi carregado em uma empresa com 39 toneladas de arroz, que deveria ser entregue no Maranhão. Entretanto, no início do trajeto, a carreta alterou a rota e seguiu para Cruz Alta, que junto com Ijuí formava a base do grupo criminoso. 

A polícia conseguiu flagrar, durante a madrugada desta terça, o momento exato em que os criminosos chegavam com a carga em Cruz Alta, onde seria descarregada e vendida com notas frias. 

Nove pessoas foram presas e autuadas pelos crimes de furto qualificado mediante fraude e organização criminosa. Todos foram encaminhados ao Presídio de Cruz Alta. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Cruz Alta e Ijuí, em empresas e casas dos suspeitos de integrarem a quadrilha. 

A investigação, realizada pela Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Luiz Gonzaga junto com a delegacia de São Miguel das Missões, continua e busca identificar e prender todos os demais integrantes da quadrilha, além de identificar o patrimônio auferido pelo grupo para que as cooperativas, pequenos silos e empresas lesadas possam ser ressarcidas. 

COMO AGIAM
Conforme a Polícia Civil, as principais vítimas são cooperativas agrícolas e pequenos silos, que já tiveram prejuízo de bilhões de reais. A quadrilha agia da seguinte forma: os líderes usavam pessoas físicas (conhecidas como laranjas) para registro dos caminhões e empresas de fachada para obter as notas de frete e contratam um motorista com o nome limpo, a quem entregam a nota de frete e um caminhão - os veículos são registrados previamente em nome de laranjas e também são usados caminhões clonados. Na sequência, o motorista retira a carga e sai na direção do destino, conforme a nota de frete. No trajeto, um dos integrantes do grupo indica onde o motorista deve descarregar a carga ou deixar a carreta ainda carregada. 

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A investigação apurou que o grupo escolhia, na maioria das vezes, cargas com destino distante, que levaria em torno de três a cinco dias para chegar, pois enquanto o caminhão estaria supostamente na estrada, o grupo consegue desviar, com o mesmo motorista, outras três ou quatro cargas em cooperativas e empresas diferentes. Muitas delas vão para Cruz Alta e são deixadas em um pátio fechado de uma empresa de guincho (de propriedade de um dos integrantes que, inclusive, trabalha na remoção de veículos para seguradoras veiculares). 

No pátio dessa empresa de guincho, as carretas carregadas com os grãos são descarregadas ou apenas são desengatadas do "cavalinho" e acopladas a outro. As placas também são trocadas por placas clonadas de outra carreta. Depois, a carga é levada ao novo destino para um novo comprador. 

A quadrilha também emite notas para "esquentar" as cargas, ou seja, documentos que mascaram a origem do produto desviado. Também são usados laranjas que tem propriedade rural perto de Cruz Alta e Ijuí para que eles emitam facilmente notas de produtor ou documentos similares. 

As cargas de arroz são levadas para uma empresa localizada próximo da região metropolitana, sendo entregues numa empresa especializada em comercialização de arroz.

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